Superlotação afeta hospitais do Litoral Norte e motiva restrições

Em Capão da Canoa e Torres, há restrição de atendimento; em Tramandaí, emergência opera com quase 200% da capacidade

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Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, de Torres. Foto: Arquivo / Divulgação

Os principais hospitais do Litoral Norte do Rio Grande do Sul enfrentam superlotação ou operam muito perto da capacidade máxima nos últimos dias. Em Capão da Canoa e Torres, há restrição no atendimento. Em Tramandaí, apesar da operação bem acima da capacidade, não foi adotada essa medida.

Com as temperaturas mais baixas, os casos de doenças respiratórias acabam aumentando a demanda por atendimento. A reportagem do Litoral na Rede realizou um levantamento junto aos quatro maiores hospitais da região, no início da noite desta quarta-feira (11), e identificou que três deles enfrentam superlotação, especialmente no setor de emergência.

A exceção é o Hospital São Vicente de Paulo, de Osório. Conforme a direção da instituição, a emergência opera “dentro da normalidade”. Em relação aos leitos de internação SUS, a ocupação é quase total.

Capão da Canoa

A assessoria de comunicação da AESC, mantenedora do Hospital Santa Luzia, de Capão da Canoa, informou que a instituição está com lotação de 200%. Por isso, foi adotada restrição temporária máxima.

Isso significa que não há disponibilidade de leitos de emergência e que são atendidos apenas casos de extrema urgência, que chegam pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A AESC informa que os demais pacientes seguem sendo acolhidos e classificados, mas a orientação é que aqueles que são casos de menor gravidade procurem por outros serviços da rede de saúde.

Torres

No Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, também entrou em vigor, nesta terça-feira (10), e foi mantida nesta quarta-feira (11), a restrição temporária máxima. A medida é motivada pela superlotação da emergência, sem disponibilidade de leitos.

A instituição opera com 150% da capacidade. A situação mais crítica é na internação pediátrica, com 250% da capacidade.

“Pacientes de demanda espontânea serão acolhidos e classificados. Seguiremos atendendo vaga zero impositiva do SAMU. Pede-se que, nas próximas horas, os casos de menor gravidade sejam redirecionados para outros serviços da rede de atenção à saúde”, diz comunicado do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes.

Na manhã desta quinta-feira (12), a instituição informou que a emergência já está com o serviço normalizado, sem restrições.

Tramandaí

Hospital Tramandaí. Foto: Ticiano Kessler / Litoral na Rede / Arquivo

A emergência do Hospital Tramandaí atende, nos últimos dias, quase o dobro da capacidade. Apesar de solicitar que pacientes com quadros de menor gravidade busquem outros serviços, a instituição não anunciou restrição.

Segundo o diretor técnico do HT, Noslen Rodrigues Souza, todas as salas do setor de emergência contam com leitos adicionais para atender à alta demanda.

“A nossa sala vermelha é preparada para receber dois pacientes por vez, e a gente tem usado quatro leitos por causa da superlotação na amarela. Na nossa sala amarela, estamos usando três leitos a mais, improvisados. A nossa sala verde é a que tem a maior superlotação. Em relação ao número padronizado de leitos, conseguimos colocar mais 11 leitos extras, e é o que temos feito para desafogar as UPAs”, relatou Noslen ao Litoral na Rede.

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