
Perto de completar dois anos da maior tragédia climática do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, 40 famílias que perderam as casas no ciclone de junho de 2023 têm uma nova esperança de receberem seus lares definitivos. A Prefeitura de Caraá publicou, nesta semana, o edital de concorrência para a construção do condomínio habitacional destinados às vítimas das inundações.
As residências serão construídas em um terreno adquirido pelo município, atrás do CTG Sentinela dos Sinos, na área central da cidade. Os imóveis terão entre 44 e 50 metros quadrados, com dois quartos, sala de estar, cozinha, banheiro e área de serviço.
A empresa que vencer a concorrência também ficará encarregada de construir e pavimentar as ruas e instalar rede de abastecimento de água no condomínio. Além disso, deverá garantir outras estruturas como drenagem pluvial, áreas verdes e eios públicos.
O valor máximo previsto para a obra é R$ 5.951.780,32. Os recursos são do governo federal, garantidos por meio da Defesa Civil Nacional, em função da tragédia climática.
As propostas das empresas serão recebidas até 25 de agosto, quando está marcada a sessão de concorrência eletrônica do tipo menor preço.
Famílias já definidas
O prefeito de Caraá, Bolívar Gomes, destacou que as 40 famílias que receberão os imóveis foram definidas ainda na época da tragédia climática com base em critérios da Defesa Civil Nacional. “Nós temos um grupo de WhatsApp com essas famílias e estamos ando todas as atualizações”, disse ao portal Litoral na Rede.
Bolívar explicou que os recursos federais estão garantidos e serão liberados a partir da definição da empresa que executará a obra. O prefeito também salientou que o município montou uma equipe para dar andamento no processo para conseguir chegar nesta etapa de realizar a concorrência pública.
O ciclone de 2023

O ciclone de junho de 2023 provocou inundações e 16 mortes no Rio Grande do Sul. A cidade mais afetada foi Caraá, onde cinco pessoas morreram. No Litoral Norte foram, ao todo, oito óbitos, com outros três em Maquiné.
Na região, o fenômeno climático destruiu dezenas de casas, prédios públicos e estradas, causou a morte de centenas de animais e deixou comunidades ilhadas. Na época, a situação foi classificada como a maior tragédia climática do RS, mas acabou sendo superada pelas enchentes de 2023 e 2024, que causaram centenas de mortes no estado.